A OIT (Organização Internacional do Trabalho) publicou as informações referentes à situação das empregadas domésticas no mundo todo, e os dados brasileiros são alarmantes.
Segundo a organização, o Brasil é o segundo país com o maior número de empregadas domésticas do mundo, e, durante a pandemia, os brasileiros foram o povo que mais demitiu essas trabalhadoras.
Muitas domésticas ficaram sem emprego e outras tantas tiveram a sua jornada reduzida, afetando diretamente a renda e trazendo graves problemas para essa classe.
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A situação da empregada doméstica
Em 2019, somente atrás da potência chinesa, o Brasil possuía cerca de 6 milhões de empregadas domésticas, representando 6,8% dos trabalhadores do país.
Os números trazidos pela pandemia são preocupantes: o desemprego das domésticas chegou a 26,6% do total de trabalhadoras.
Comparando aos outros trabalhadores celetistas, a taxa foi de 12%, ou seja, 20% a menos do que as empregadas domésticas.
A queda não foi só no número de trabalhadoras contratadas, mas também em sua jornada de trabalho.
A quantidade de horas trabalhadas caiu em 43% no Brasil, enquanto que, em outras categorias, a queda foi de 27%.
Consequentemente, a perda salarial chegou a 34%, que é um número alarmante para a subsistência.
A pandemia do Covid-19
Com o início da pandemia, muitos empregadores temeram pela saúde de sua família e das empregadas domésticas e deram a opção de que as trabalhadoras morassem na casa.
A questão é que muitas não aceitaram, e tiveram que optar por trabalhar em diversas casas ao mesmo tempo para complementar a renda, correndo risco de infecção pelo vírus.
Segundo a OIT, uma das primeiras mortes registradas no Brasil foi de uma empregada doméstica, contaminada pelo empregador.
A situação social das empregadas brasileiras
Mesmo depois da PEC da doméstica, assinada pela então presidente Dilma Rousseff, a situação das trabalhadoras não melhorou significativamente no Brasil.
Vinha caminhando em passos curtos e, com a pandemia do novo coronavírus, a situação voltou a ficar precária.
Cerca de 61% das empregadas domésticas no Brasil prestam seus serviços na informalidade, sem direitos ou piso salarial mínimo.
Segundo a OIT, a desigualdade do país está diretamente relacionada ao número de empregadas domésticas.
E a China é campeã nesse número, seguida por outros países asiáticos e o próprio Brasil.
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