Terceiro ano sem reajuste no piso regional do estado do RJ o faz ser o menor do país
No último dia 12 de maio, a Comissão do Trabalho da Alerj realizou uma audiência pública para discutir a atitude do governador Cláudio Castro em demorar para enviar a proposta de reajuste do piso regional.
As empregadas domésticas do estado do Rio de Janeiro não recebem aumento desde 2019 e, por ser ano de eleição, o governador tem até junho para remeter a mensagem de lei para votação.
Mônica Francisco, presidente da comissão, disse que tenta o reajuste há meses, mas sem sucesso.
Segundo ela:
“Se o comércio não avança e não consegue vender é porque o trabalhador não tem dinheiro pra comprar. Para nós, o justo seria uma recomposição salarial de até R$ 200, ou seja, o piso ficaria em torno de R$ 1.400. Isso impacta quem não tá conseguindo comprar o gás e a comida. Isso impacta famílias inteiras”.
Em fevereiro ela protocolou na Alerj uma indicação que propunha reajuste de cerca de 21% – para cobrir a inflação dos três anos -, mas os representantes da Firjan e da Fecomércio alegaram que esse aumento poderia agravar a crise econômica local.
A proposta de novo piso já foi enviada à Casa Civil, segundo Miguel Felipe Silva (representante da Secretaria Estadual de Trabalho), e reitera que estudos da Setrab geraram três propostas: reajustes de 10,16%, 15,61% e 18,28%.
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Piso Regional
São 5 estados brasileiros que aderem ao piso regional mínimo, e são: SP, RJ, PR, SC, RS.
O mínimo nacional, em 2022, está em R$1.212. Confira o mínimo para cada estado:
- Paraná (PR): R$ 1.680,80;
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 1.238,11;
- Rio Grande do Sul (RS): R$ 1.305,56;
- Santa Catarina (SC): R$ 1.416,00;
- São Paulo (SP): R$ 1.284,00.
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