Hoje, 22 de julho, é comemorado internacionalmente o Dia do Trabalhador Doméstico. A data foi firmada em 1921, ou seja, há quase 100 anos.
O dia é faz referência à já antiga luta dos trabalhadores domésticos por condições de trabalho mais justas.
No Brasil a data é apenas simbólica, é não é considerada um feriado da empregada doméstica.
Porém, nosso país ainda possui outra data em homenagem às domésticas: o dia 27 de abril, quando também se comemora o dia de Santa Zita, padroeira da categoria.
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Qual é a história do Dia do Trabalhador Doméstico?
Na verdade, não se sabe se a história é realmente verdadeira ou fictícias.
Para nós, isso não importa, porque todas as histórias, sendo elas verdadeiras ou não, transmitem uma mensagem, e o importante é justamente a mensagem.
Enfim, conta-se que, em 1921, um trabalhador doméstico chamado Joe Paul Simenn discutia com seus empregadores para conseguir uma folga.
O homem era o trabalhador mais importante da mansão da cidade de Ywgardnent, na Califórnia (EUA), mas sempre pedia um dia de descanso para que pudesse visitar sua esposa e filhas, que moravam muito longe e que Simenn já não via a muito tempo.
Porém, a folga nunca era concedida, pois os seus patrões não poderia ficar sem o mais importante trabalhador da mansão.
No mês de julho, para o desespero de Simenn, recebeu uma carta com a mensagem de que uma de suas filhas estava gravemente doente.
Na mesma época aconteceria o aniversário do seu filho caçula, o qual ele viu apenas quando era um recém nascido.
Foi então que Simenn teve uma ideia para conseguir visitar a sua família – afinal, o desespero nos faz capaz de algumas loucuras: de maneira perspicaz, Simenn alegou que, entre os dias 21 e 22, era comemorado o Dia do Serviçal.
Para obrigar seus patrões a concederem a folga, Simenn ainda disse que todos os patrões que não concedessem uma folga a seus trabalhadores domésticos seriam punidos na corte.
Como se não bastasse, Simenn ainda espalhou a notícia pela vizinhança, fazendo com que o seu movimento ganhasse força e mais trabalhadores domésticos fossem dispensados.
Bastante esperto, não?
Emprego doméstico no Brasil
Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, existem cerca de 6,3 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil.
A maioria desse número é composta por mulheres que, ao mesmo tempo, são chefes de família.
Infelizmente, o número de empregadas domésticas com acesso aos direitos a elas garantidos por lei ainda é muito reduzido.
Ainda segundo a PNAD, aproximadamente 72% dos trabalhadores domésticos não têm registro em carteira, sendo privados do seu acesso aos direitos conferidos pela legislação.
Porém, convém esclarecer que, a qualquer momento, a empregada doméstica pode procurar a Justiça para exigir o registro e receber verbas que eventualmente não foram pagas no período sem registro.