Proposta apresentada pela bancada dos trabalhadores ao Conselho Estadual de Trabalho e Renda eleva o salário dos empregados domésticos do Rio de Janeiro para R$ 876,37 no ano que está começando. O Rio de Janeiro é um dos estados brasileiros nos quais o piso do trabalhador doméstico é fixado por lei estadual.

No ano passado, o piso fluminense havia subido 14,13%, bem acima da inflação medida pelo governo. Para efeito de comparação, o salário mínimo subiu 8,5%, do ano passado para 2013.

Atualmente o piso regional fluminense dos domésticos está em R$ 729,58. A remuneração dos porteiros subiria para R$ 973,14.

Os sindicalistas querem aumento de 20,12% para o piso regional. A alta vigoraria já a partir de janeiro de 2013, embora a votação deva ocorrer somente em fevereiro na Assembléia Legislativa. Assim, se aprovada, haveria a necessidade de pagamento dos retroativos.

Segundo o jornal O Dia, as negociações para definir o valor final serão intensificadas nas próximas semanas. O debate tem sido intenso, já que o grupo dos trabalhadores no Conselho do RJ quer que a alta inclua não apenas a inflação, mas também a variação do PIB e recuperação de perdas salariais.

Porém, o grupo quer que o conselho feche uma questão, antes de o projeto ser enviado à Assembléia. Para isso, pretende conversar também com os representantes dos patrões dentro do Conselho de Trabalho e Renda.

Bancada dos trabalhadores no Conselho do RJ quer que a alta inclua inflação, variação do PIB e recuperação de perdas salariais

Mesmo entre os sindicalistas ligados aos trabalhadores há dúvidas se a proposta será aprovada, embora todos defendam maior valorização das categorias. Há defensores da tese de que a reposição seja gradual, e não de uma vez.

O piso salarial existe no Rio de Janeiro desde o ano de 2001. Os trabalhadores também querem reduzir a quantidade de faixas do piso, das atuais nove para seis. Alguns dos grupos hoje existentes seriam incorporados por faixas.

A proposta de reajuste inclui outras faixas de trabalhadores, como os porteiros, outra categoria com grande número de pessoas, notadamente na região metropolitana do Rio de Janeiro.

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